quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Filadélfia (1993)

Além de tratar do preconceito com a AIDS, o filme vai mais longe e trata também da homossexualidade, em especial a masculina. Só faltou mesmo o personagem ser negro, mas isso não quer dizer que esse preconceito não receba sua ênfase disfarçada, seja no personagem de Washington, ou mesmo na bonequinha negra da filhinha dele. E com tantos temas polêmicos como esses, o filme ‘Filadélfia’ certamente não poderia deixar de chamar a atenção, e ainda rendeu o Oscar a Tom Hanks.

A história é bem básica, mas emocionante. Andrew (Tom Hanks) é um advogado de uma grande empresa da qual recebeu uma promoção, mas sem expor à ninguém ele é homossexual e contraiu o vírus da AIDS. Ele acaba sendo demitido, mas seus superiores não alegam que o fato disto seja preconceito e sim incompetência. Andrew então contrata um advogado (Denzel Washington) e vai à justiça para reaver seus direitos baseado em artigo da lei.

A atuação de Tom Hanks é incomparável, ele manteria o nível no ano seguinte quando levaria seu segundo Oscar por ‘Forrest Gump’, e certamente foi injustiçado anos depois quando não levou a terceira estatueta por ‘Naufrago’. Mas mesmo assim tem o reconhecimento que merece. Denzel Washington também aparece muito bem e não está tão abaixo da atuação de Hanks, o esforço do ator ao longo dos anos também seria consagrado mais para frente com um Oscar, por ‘Dia de Treinamento’.

Não deixe de conferir está história emocionante e convincente. Não acho que mudará a história do preconceito, nem quero deixar minha opinião sobre esta questão que acredito seja muito pessoal de cada um, e não espere muito do filme na parte do tribunal, não chega nem perto de filmes desse tipo como ‘Justiça Vermelha’, ‘A Outra face de um Crime’, ‘O Povo contra Larry Flynt’ entre tantos outros. Faltou muito mais ênfase nessas cenas, faltou convencer mais o júri que aceitou tudo fácil demais, faltou mais testemunhas polêmicas, faltou mais fatos para opor pensamentos. E fora do tribunal então faltou mais manifestações e tantas outras coisas, talvez por terem se prendido tanto em mostrar o preconceito e a vida de um aidético. O final também é muito bonito só que na minha opinião ficou um pouco longo demais, se o filme passa tanto o tempo, ou seja, passa uma semana, depois passa um mês e vai passando até que no final não passa nada e fica aquela enrolação, nada que atormente demais, só um pouco longo.

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