quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Feitiço do Tempo (1993)

"Feitiço do Tempo" é um filme sensacional pois sabe aproveitar ao máximo a ideia estabelecida, e o melhor, de forma muito engraçada. Lembra muito a velha forma dos anos 80, uma época de filmes simples e agradáveis que se tornaram verdadeiros clássicos com o passar do tempo. Muitos talvez já até viram uma história semelhante à essa em outros horizontes como: ‘Meia noite e um’, ou em um episódio de "Arquivo X" chamado ‘Segunda-feira’ e um episódio de "Supernatural", mas cada um tem seu lado de mostrar as coisas e aqui a ideia sobre o porque disso tudo é totalmente diferente.

Phill (Bill Murray) é um jornalista que faz a previsão do tempo. Arrogante e chato, metido e cheio de contragostos, ele é odiado por muitos. Ele é certamente daqueles que precisam aprender uma lição para dar mais valor à vida. E mais uma vez, como já havia feito nos últimos quatro anos, ele viaja para uma cidadezinha do interior, junto com um câmera Larry (Chris Ellitott) e a produtora Rita (Andie McDowell), onde irão acompanhar ‘O dia da Marmota’. O evento é uma forma engraçada que os moradores e autoridades escolheram para dizer quanto tempo mais vai durar o inverno, o detalhe é claro é que Phill odeia esse dia e essa cidade e, ironicamente a marmota tem o mesmo nome que ele para deixá-lo com mais raiva ainda. "O dia da Marmota" existe de verdade.

Um nevasca então impede que Phill e sua equipe retornem à sua cidade. Ele terá que passar mais uma noite aqui. E aí então que o filme terá 'inicio'. Phill acordará no mesmo dia que acabou de viver, ‘O dia da Marmota’ e esse dia sempre se repetirá até que ele aceite o fato e passe a aproveitar dos fatos, como roubar, ser preso, conquistar mulheres e até se matar.

O que mais chama a atenção é o numero de vezes que Phil viverá o mesmo dia, são inúmeras. Ás vezes não da nem para perceber que é outro dia, ou melhor o mesmo dia de novo, dada a velocidade de algumas cenas. E mesmo se tratando de algo repetitivo, o diretor Harold Ramis conseguiu alternar bem os momentos e repetir as coisas na medida exata e sempre encontrar algo novo para introduzir na história, ou seja, naquele dia ele tomou um caminho, mas existem tantos outros que ele poderia ter seguido e outras coisas poderiam ter acontecido com ele, e é isso que acontece, mesmo sendo repetitivo, o filme não cai na mesmice.

Não faltaram motivos para rir, seja pelas situações ou mesmo pela excelente atuação de Murray, assim como em ‘Caça Fantasmas’ do mesmo diretor, uma parceria de sucesso. O final é muito interessante, será difícil perceber quando o dia irá passar, principalmente pela música de Bob Dylan que toca todo dia às 6 horas da manhã. E ficará a critério de quem assiste definir o porque do dia ter se repetido tanto para Phill, ficará de certa forma aberto mas a conclusão que é bem direta, é única e bem óbvia até, não será dificil de perceber o que também não deixará de ser convincente.

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