segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dragão Vermelho (2002)

Apesar de andar na mesma linha de "O Silêncio dos Inocentes", claro que não com o mesmo glamour e também sem a mesma essência que fizeram o antecessor ser um marco no cinema, algo inesquecível que valeu inclusive ser premiado com nada a menos do que o Oscar, este "Dragão Vermelho" até que agrada muito, aliás agrada muito mais do que o outro filme da franquia, o "Hannibal". Se trata de uma história que aconteceu antes da história do filme "O Silêncio dos Inocentes" e mesmo que por pouco tempo, temos o Dr. Lecter solto e sem acusações.

A história aqui (que é baseada no livro de Thomas Harris) e já havia aparecido nos cinemas em 1986. É sobre um agente do FBI, Will Graham (Edwadrd Norton) designado por sua perícia e experiência para encontrar um serial killer que vem matando famílias da forma mais grotesca e mais horrível que se possa imaginar (dado indispensável na triologia).

Graham aqui faz o papel que Starling fez em ‘O Silêncio dos Inocentes’, ou seja, pedir a ajuda do tenebroso Hannibal Lecter (Anthony Hoppkins) para achar o matador. Mesmo sendo tempo anterior, a prisão é a mesma, com a mesma cadeirinha em frente a cela, com o mesmo vidro e seus furinhos, a mesma gaveta e etc... (talvez não seja a mesma usada nas gravações de 1991, mas se não for reproduziram muito bem).

O assassino aqui é vivido pelo ator Ralph Fiennes, que é Francis Dolarhyde, ou o Mr. D como foi chamado em alguns momentos. Ele teve uma interpretação muito boa, assim como já havia feito em filmes como ‘O Paciente Inglês’ e ‘A Lista de Schindler’. Algo muito interessante na fita é que ela mostra um romance entre o assassino é uma moça vivida por Emily Watson, ela é cega e talvez tenha sido o principal motivo dele ter se deixado envolver, foi uma bela tentativa de mostrar que o cara tem coração.

Anthony Hoppkins continua impecável, o ator que teve que fazer dieta antes das gravações, para obviamente parecer mais novo (tarefa nada fácil). Mais uma vez teve atuação brilhante, sempre ousando do sarcasmo e da ironia, ele faz todos rirem em muitos momentos, e também admirá-lo. Aqui ele está um pouco menos carismático do que no filme de 1991, mas mesmo assim chama a atenção de qualquer um.

Edwar Norton por sua vez teve uma de suas atuações mais ‘serias’ no cinema, não se parecia nada com o ‘pobre’ moço de ‘As duas faces de um crime’ onde conseguia não só enganar os outros personagens mas também o publico. E também muito diferente do cara ‘maluco’ de ‘Clube da Luta’, filme que talvez tenha se saído melhor que o companheiro Brad Pitt. Aqui ele não aparece tão bem quanto já o fez e com certeza a semelhança do papel com o de Clarice Satarling, faz muitos sonharem com a bela Jodie Foster, ele está apático e sem ânimo.

O diretor soube dosar bem as cenas de horror com a luta para achar o assassino, e ainda o bom humor de Lecter mais o romance sinistro e outras coisas mais. Pecou quando tentou tornar algo simples e uma coisa tão complicada cheia de insignificância, tinha um final renovador e inédito mas optou por prolongar e usar o maçante ao invés de explorar mais a ideia exótica. Tentou então salvar na cena final com um gancho para "O Silêncio dos Inocentes", mas nada que resolvesse muito. Algumas cenas de susto (muito poucas), o começo alucinante e a tensão que envolve diversas partes deixam o filme plausível.

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