Espetacular, majestoso, lindo e absolutamente perfeito. Não são finitos os adjetivos para elogiar o filme que pode ser considerado um dos mais bem feitos de toda a história cinematográfica. Em todos os tempos e em todo o planeta terra, literalmente. "De Volta para o Futuro" é tão maravilhoso que é difícil encontrar alguém que ainda não o viu, ou mesmo alguém que fale mal dele. Ao lado de "Tubarão, "Os Goonies" e "E.T. o extraterrestre" é sem dúvida a maior criação de Steven Spilberg, coisa que ele não faz mais hoje em dia, apesar de não estar decepcionando, mas não tem mais a mesma magia que tinha nessa época inesquecível.
A história é bem complexa (nos detalhes) que se tornaria maior ainda nas próximas duas sequências. o jovem Marty McFly (Michael J. Fox) indignado por ter uma família cheia de ‘nerds’ é chamado pelo Dr. Brown (Christopher Lloyd) para que ele possa lhe mostrar sua mais nova invenção: A máquina do tempo. Uma máquina que aqui aparece em grande estilo, ao contrário de cabinas de telefone ou coisas ainda mais estranhas, como portais e etc., é um carro, mais precisamente um Delorean.
O Dr. Emmet Brown faz então um teste com o seu cachorro, Einsten, e em seguida quando se prepara para partir para o futuro aparecem um bando de terroristas de quem ele havia roubado plutônio. McFly tenta fugir entrando na máquina do tempo, e acaba viajando para o passado, em 5 de Novembro de 1955, a época em que seus pais eram jovens. A história então se desenvolverá de duas maneiras, Marty alterou o futuro ao entrar em contato com as pessoas do passado e terá que concertar isso enquanto o Dr. terá que ajudá-lo a retornar para sua época.
Sem dúvida o que mais chama a atenção no filme são as situações que aparecem em diversas fases do tempo e espaço. O filme vive dando dicas sobre como é a vida das pessoas no presente e depois as mostras no passado, o tempo todo acontece isso, é majestoso. Alguns exemplos são o irmão da mãe de McFly que é um presidiário, no passado ele é um bebê brincando no cercadinho, irônico. Ou mesmo o prefeito da cidade, Wilson, que no passado trabalha numa lanchonete e apenas sonha. O vilão da história Biff Tanen invocando com George McFly em 1985 e fazendo as mesmas coisas em 1955. Sem falar nas coisas que irão se repetir nas continuações como a cena do esterco, a do skate e tantas outras.
Mas o mais importante, e o fato que no mínimo comanda o filme, é o relógio quebrado. Aqui quando mostra 1955 é a única oportunidade que o telespectador pode ter para ver o relógio inteiro, notem também que a frente da Igreja é sempre diferente, na próxima continuação isso também acontecerá, quando mostrar o futuro. Algo dessas dicas incríveis que talvez poucos devem perceber é sobre a lanchonete em 1955, que no futuro (já na continuação) é o café anos 80’s, e o que é neste local em 1985? Basta reparar logo no começo da fita, quando McFly está indo para a escola ele passa enfrente ao local, é uma academia, onde ele acena para as moças fazendo ginástica. Outra dica importante que valerá para a continuação é quando o Dr. fala na viagem ao futuro, uma de suas frases é “Poderei saber o resultado de todos os campeonatos” !!!!
A atuação de Michael J. Fox é única, todos vão se lembrar dele por este papel apesar de ter feito quase o mesmo sucesso em series de TV. O ator que descobriria uma doença na sua vida sem dúvida foi indispensável para o sucesso do filme, ele apareceria bem também mais para o futuro, como em ‘Os Espíritos’, mas não com a mesma essência. Todos que viram esse filme na infância sem dúvida sonharam em ser McFly um dia. Christopher Lloyd também está perfeito, não da para imaginar também outro ator para interpretar um cientista maluco cheio de idéias mirabolantes. Ele faz do Doutor um cara cativante e muito singular, o ator voltaria ao sucesso em "A Família Adams', mas outros de seus papéis acabaram sem importância. Este é um filme que também marca sua carreira, já que em "A Família Adams" ele está irreconhecível.
O Diretor Robert Zemeckis faz um trabalho brilhante. O filme segue um linha de acontecimentos extraordinária. Tem a apresentação dos personagens, caraterísticas básicas de cada pessoa, essenciais para a sequência, uma trama realmente envolvente e ainda um final emocionante e muito tenso, que faz qualquer um se segurar na cadeira, mas imaginando o que vai acontecer, ou seja, sabendo que tudo vai dar certo no final. O filme é sem dúvida perfeito, mas para aqueles que sempre querem encontrar uma falha, ou para os que adoram dizer que há falhas aqui há uma realmente, tudo por conta da frase final de McFly que diz “Doutor, essa rua não tem espaço para 88 mph”, mas um pouco antes quando o Dr. vai para o futuro ele o faz na mesma rua (que é em frente a casa de Marty) e no inicio quando ele testa a máquina ele acelera até pouco mais de 60 mph com o carro parado, ou seja, daria para ir por aquela rua (mas é claro que isso não prejudica em nada a fita). No começo do filme II, quando a cena se repete, eles mudam a fala para "Vai ter que recuar Doutor, essa rua não tem espaço para acelerar 88 mph" e aí sim dá vazão para a bela resposta "Ruas? Para onde vamos não precisamos de ruas".
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