quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Waterworld - O Segredo das Águas (1995)

"Terra seca é um mito". Sem dúvida essa é frase mais ouvida em "Waterworld, O segredo das águas", um filme instigante que retrata de uma maneira nada convencional um futuro que ás vezes parece ser mais real do que se possamos imaginar. Um futuro onde não existe terra firme, um mundo onde só existe água seja para onde for que você olhe. É realmente algo inacreditável, um tema original explorado de maneira sublime.

Por que só existe água nesse mundo? É porque os pólos derreteram e inundaram tudo. Todo mundo tá careca de saber que isso é possível, seja pelo buraco na camada de ozônio ou pelo super aquecimento do planeta. Segundo cientistas é preciso que a média da temperatura mundial suba uns 3 ou 4º C para que os pólos comecem a derreter, com a ajuda do efeito estufa, devido à poluição das grandes cidades, a previsão é de uns 50 anos. Muitos de nós estarão vivos até lá, mas pensar que viveremos as aventuras sensacionais deste filme é demais, pois mesmo que realmente aconteça não inundará tudo que é superfície, pois o filme exagera um pouco, apesar de deixar claro que a história se passa muitos anos depois do dilúvio.

Nesse trecho do tempo veremos um pouco da vida de um nômade das águas, vivido por Kevin Kostner. Logo descobriremos que ele não é totalmente humano, tem membranas e guelras, uma forma de dizer que o ser humano passou a se adaptar ao meio em que vive, se desenvolvendo para sobreviver. Ele tem grandes habilidades, pode nadar e mergulhar respirando em baixo da água e seu barco é muito peculiar, cheio de engenhocas e invenções mirabolantes, o sistema de alçar a vela é de deixar qualquer competidor da America’s Cup de boca aberta.

O homem peixe acabará encontrando duas companheiras, uma mulher, Ellen, e uma garotinha, Elona, que será o grande pivô da história. É porque ela tem um tipo de tatuagem nas costas que parece um mapa, este supostamente mostra o caminho para a terra seca. E como não poderia de ser haverão os ladrões que recebem denominação própria, são liderados por um cara mal (óbvio) vivido pelo ator Dennis Hopper, o cara parece um capitão gancho do futuro depois que perde um dos olhos.

As cenas são eletrizantes, o filme sempre alterna momentos de muita ação com um lado de convivência humana e também muito sentimentalismo. Costner tenta mostra em seu personagem um cara durão e rude, mas que também tem coração e pode ser amável. O filme é uma ótima maneira para podermos ver como é difícil viver se não tivéssemos tudo na mão, aqui as pessoas não apenas vivem como sobrevivem, é preciso não só ter muita força e inteligência como também coragem e astúcia.

Não tem como não falar dos excelentes cenários e das roupas que os personagens vestem. Será difícil não lembrar de filmes como ‘Mad Max’ e também ‘Fuga de Absolom’, por causa das fortalezas e suas comunidades. Quem viu "Reino de Fogo" também notará semelhança nas vestes. Infelizmente a cena final foi um pouco exagerada e faltou explicar um pouco mais como o petróleo era extraído. Outra coisa ruim foi que as pessoas não tinham conhecimento do passado, um erro já que todos são sobreviventes, e mesmo sendo novas gerações a história nunca se perde, ou seja, sempre é contada e passada para o próximo. Mas também existe os pequenos detalhes interessante s como uma caixa de Crayon (giz de cera) e uma revista da “National Geogrhafic”, muito legal.

Sem dúvida Kevin Costner é dono de uma carreira invejável, só que seu estilo de atuar é sempre o mesmo, seja ele um mafioso em ‘Os Intocáveis’, seja ele um cawboi em ‘Dança com Lobos’ ou um peixe, guarda costas ou um cara romântico, ele é sempre o mesmo tipo. Mas nada que estrague a sua carreira, só que falta um pouco mais de dinamismo, para por exemplo levar o Oscar. Ele também dirige o filme e agrada muito nesse lado tendo como ajudante Kevin Reynolds. Já Dennis Hopper mantém sua linha de indiferença, sempre com aquele sorrisinho sarcástico ele agrada muito e proporciona alguns momentos muito engraçados na fita, principalmente quando está com a garotinha.

Um filme que vale a pena ser visto por tratar de um assunto eminente. O desfecho prolongado ficou muito interessante principalmente porque a maioria dos filmes com esse enredo costuma acabar de forma nada agradável onde sempre surge aquela pergunta: mas e agora o que acontece? Aqui é diferente, ainda haverá muita emoção e uma deixa incrível, vale a pena conferir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário