Ultimamente eu não tenho dado muita chance para vários filmes. Geralmente bastam cerca de cinco minutos para eu desistir de assistir algum filme. Acredito que talvez eu tenha tomado alguma decisão errada e, mais tarde, as coisas poderiam ficar melhores. Isso não aconteceu com o filme Extinção (2018), da Netflix, mas quase aconteceu quando a película já passava de sua primeira meia hora. E isso tudo, tanto no caso dos cinco minutos quanto neste específico, vem depois de muitas pesquisas, leitura de sinopse e visualização de trailer no Youtube. Tudo para ter certeza de que haja um potencial para ser um bom filme.
Verifiquei o quanto ainda faltava para terminar e em seguida respirei fundo e segui em frente. No final não houve arrependimentos. Essa é a grande dica para quem pretende assistir o filme Extinção (2018) e por acaso veio parar aqui neste blog após suas pesquisas. O que eu digo para você é que tenha muita paciência com o início do filme e não desista de vê-lo até o seu derradeiro final, passando assim pelo seu melhor momento onde os segredos são revelados.
Antes disto vemos a história de Peter (Michael Peña), que tem uma vida normal onde é casado com Alice (Lizzy Caplan) e tem duas filhas. Ele trabalha e vive situações normais como encontrar vizinhos no elevador. Neste meio tempo, porém, Peter está tendo alguns pesadelos, com visões e muita dificuldade para dormir, o que prejudica também o sono de sua bela esposa. Aos poucos as visões passam a se tornar mais frequentes, acontecendo até mesmo durante o dia.
Esse início todo é a parte difícil de ser assistida neste filme. Mas se você superar isso pode ganhar uma sobrevida quando então tem início a parte de ação. Neste momento muitos poderão se lembrar do filme Guerra dos Mundos (2005), principalmente por conta de alguns sons emitidos por aqueles que estão atacando o planeta. Não se se o diretor Ben Young é algum fã de Tom Cruise, mas a verdade é que mais tarde quando as revelações são feitas podemos também fazer algum tipo de associação, mesmo que um pouco mais distante, com a forma como as revelações são feitas em Oblivion (2013).
Para quem gosta de ação o filme então se torna um prato cheio, mas não há nada que você já não tenha visto antes. Uma família fugindo e tentando se proteger, vimos outro dia mesmo em Guerra Mundial Z (2013). Então você entra em outro ritmo de espera e paciência até que consiga enfim o seu grande prêmio. Nesse momento o filme ganha muitos pontos, pela forma sutil e poética como revela seus segredos e pela proeza em ter previamente determinado a quem, mesmo sem saber quem é, você irá torcer com vontade para que não morra.
A atuação de Michael Peña é bem razoável. Talvez ele não seja o ator ideal para ser protagonista, ou isso acontece por tantas vezes ter sido coadjuvante, mas certamente o ritmo lento e difícil do início do filme está diretamente ligado a falta de experiência do ator em ser protagonista. Lizzy Caplan também trabalha bem e o mais incrível sobre ela é descobrir que estava no filme Meninas Malvadas (2004). Ela era a amida da personagem de Lindsey Lohan com estilo punk. É tão inacreditável quanto descobrir que Rachel McAdams era a Regina George. Juntando com Amanda Seyfried, Tina Fey e Amy Poehler temos um apanhado gigantes de atrizes que mais tarde teriam um reconhecimento grandioso que talvez só a Lindsey Lohan tinha naquela época e ironicamente não tem mais hoje em dia.
Um filme de ação como Guerra dos Mundos (2005) que trás uma revelação surpreendente, mas não tão mirabolante quanto em Oblivion (2013). Assim podemos resumir bem o que é o filme Extinção (2018). O final tenso, até um pouco exagerado, ajuda um pouco a esquecer o morosidade do início. Em seguida vemos o que pode ser uma deixa para uma futura continuação, mas isso talvez possa ser um erro se o objetivo for apenas mais uma filme de ação, como ocorreu com a continuação de Maze Runner - Correr ou Morrer (2014) que teve o péssimo Maze Runner - Provas de Fogo (2015).
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