terça-feira, 31 de julho de 2018

Para Sempre (2012)

Se o filme Para Sempre (2012) fosse definido simplesmente como um romance com tons dramáticos baseado em uma história real, já seria o suficiente para reunir um mínimo de motivos para se arriscar a assisti-lo. Mas se isso já não fosse o suficiente, podemos colocar como um atrativo a mais a presença de excelente e adorável Rachel McAdams. Quem já viu um filme chamado "Meninas Malvadas" deve ter se surpreendido muito quando descobriu que Rachel McAdams está lá nesse filme e, por mais incrível que possa parecer, seu cabelo é completamente diferente de qualquer outro filme que já fez, além é claro de sua atuação e sua personagem por lá serem também algo que vai na contramão de outros trabalhos que ela viria a fazer posteriormente, incluindo até um que lhe renderia uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.

Assim sendo, um dos motivos para se arriscar a ver esse filme seja o fato de que ele faz parte do que eu chamaria de "Coleção Rachel McAdams". É um tipo de obrigação para os fãs da atriz que não podem ficar restritos a assistir apenas os grandes filmes que ela faz, apesar de que talvez apenas Spotlight (2015), vencedor do Oscar de melhor filme, seja realmente um filme grande que ela tenha participado.

A história desse filme relata um drama vivido por um casal que aconteceu de fato. Após um acidente de carro em um dia de nevasca em Chicago, uma mulher acaba perdendo a memória e não se lembra de nada que aconteceu nos últimos cinco anos. Ela não se lembra nem do próprio marido com quem está junto a quatro anos. Aqui o filme entra em seu momento mais interessante no que se diz respeito à trama da história, pois ela vai se lembrar apenas de coisas que aconteceram antes de um determinado acontecimento que fica em segredo durante todo o filme, e que fez ela mudar completamente sua vida e seus pensamentos.

Esse detalhe certamente deve ter sido o que motivou os roteiristas a apostarem na produção desse filme. O motivo é que a ocultação desse segredo que envolve os pais da personagem e faz com que todos que estão assistindo continue atentos aos acontecimentos para conseguir descobrir o que vai acontecer, sem falar na torcida que fica para que talvez ela recupere a memória e possa se lembrar do marido ou algo parecido. Nesse momento a parte dramática da história fica um pouco de lado e o romance se destaca mais, fazendo com que o filme se torne uma excelente pedida para casais apaixonados poderem vê-lo juntos.

Vale destacar o esforço do ator Channing Tatum que também vem em uma crescente na sua carreira e tenta se livrar de papeis que apenas valorizam o seu porte físico. O erro no entanto do Michael Sucsy foi colocá-lo em cenas onde aparece sem roupa ou sem camisa, sendo pelo menos uma das duas situações completamente dispensável para a história. Sam Neill por sua vez mostra que Jurassic Park foi o seu maior, melhor e praticamente único filme onde se destacou. É claro que aqui ele trabalha de forma coadjuvante e não teria a menor chance de se destacar, mas como já havia feito em Wimbledon - O Jogo do Amor (2004), ele é apenas um pai que enche o saco da filha.

Por fim temos a presença de Jessica Lange que na época tinha 63 anos e aparência de 80. É o claro retrato de que as pessoas ficam velhas infelizmente e nada lembra aquela adorável atriz do primeiro remake de King Kong (1976). A sua atuação também é simples e a personagem também não lhe exigiu muito para que pudesse se destacar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário