Um clássico, ‘Alien, o oitavo passageiro’ é sem dúvida o melhor filme de seu gênero e um dos melhores e maiores filmes de todos os tempos. Ao mesmo tempo que é nojento e asqueroso, o monstro alienígena é encantador e majestoso, consegue chamar a atenção e fazer com que você deseje sua morte e ao mesmo tempo quer vê-lo em ação mais um pouco. E talvez por ter o visto matar tanta gente, da vontade de você mesmo querer ir atrás dele, para matá-lo você mesmo.
O roteiro é até certo ponto simples, a nave Nostromo tripulada por 7 passageiros recebe um estranho sinal e é obrigada a verificar quando já fazia sua viagem de retorno à Terra. Enquanto dois estão sempre reclamando do recebimento de seus salários, o comandante Dallas da a ordem e todos acatam. Chegando no local a nave sofre uma avaria e três dos tripulantes vão verificar o local quando acabam encontrando um criatura estranha que ataca um deles. A ordem de quarentena é ignorada e a criatura entra na nave, mesmo sem imaginar o quão isso seria ruim já da para ter uma ideia de que desse momento em diante todos dentro da nave estarão correndo risco de vida.
A direção de Ridley Scott é perfeita, ele inicia em um ritmo lento e silencioso e aos poucos vai acelerando os acontecimentos que começam no jantar em que todos fazem quando o cara que foi atacado pela criatura está “recuperado”. É uma das melhores cenas, a partir desse momento o filme entrará num clima tenso incrível e você nunca sabe o que vem pela frente. Os cenários usados não poderiam estar melhores, pelo tipo de nave que eles usam, e o fato de se congelarem em suas viagens além do tempo que iriam demorar para chegar na terra, já indicam que a história se passa num futuro distante e em um espaço mais distante ainda, tornando tudo ainda mais instigante e fora de imaginação, foi de fato uma revolução do mundo do cinema e da ficção.
Por ser o primeiro de uma série que conta com quatro partes (depois viriam filmes sobre histórias anteriores a essa), é mais um fator que torna tão importante esse filme, aqui vemos a apresentação da criatura e muitos detalhes de suma importância como a maneira que ele se cria após sair do ovo, podemos ver também vários aspectos que seriam usados na parte 4 ‘Alien, a ressurreição’, como as armas usadas, androides e a própria tripulação da nave que é muito parecida com aquele grupo que chega da espaço lá no 4, além é claro do final que é idêntico, aqui é claro mais bem elaborado e muito mais inesperado.
Foi o filme que laçou a carreira de Sigourney Weaver no cinema, ela voltaria na pele da tenente Ripley nas três próximas continuações, com atuações tão marcantes quanto esta onde consegue criar em sua personagem uma mulher forte e que tem suas próprias opiniões e decisões, é obrigada a ser uma pessoa que controla o medo e que terá que se virar sozinha, no final ainda aparece em cenas quentes, talvez um dos fatores que à levou a ser eleita em 1995 como uma das 100 estrelas mais sensuais do planeta. Mesmo aparecendo em outros filmes de relativo sucesso mais para frente como ‘Os caça fantasmas’ e ‘Doce Trapaça’, ela ficou marcada mesmo em “Alien”, o maior filme de sua carreira.
Outros destaques entre o restrito número de atores (mais um fator extremamente original e muito bem aproveitado) vai para Veronica Cartwright, única mulher além de Weaver, sempre apavorada e sem atitude ela é o oposto de Ripley, da medo ver o medo dela. John Hurt também aparece bem, apesar de ter sido o menos aproveitado é o que protagoniza uma das melhores cenas. Já Ian Holm que faz o cientista Ash, é um dos mais caracterizados de todos e o que cria mais antipatia com quem assiste, fator que torna ainda mais complexo o seu papel, fará também uma surpresa muito interessante, outro papel importante em sua carreira foi em ‘O quinto Elemento’ onde fazia o padre.
Os outros atores não têm participações menos importantes, cada um com suas características próprias e criam uma inidentidade distinta e é difícil de ver o triste destino da maioria. Algumas outras particularidades da fita são: A presença de um gato na nave, o fato de se falar tanto da Terra e nunca mostrá-la, e é claro o maestro de todo o filme, o Alien, que quase não aparece durante todo o filme, para se ter uma ideia só da para ver ele de corpo inteiro no final, muito bem planejado.
É um filme para ver e rever diversas vezes, fechou com chave de ouro a década de 70 e se tornou um marco na história do cinema, e as outras mais três continuações tornam ainda mais completa essa história fantástica. Agora só resta esperar que venha mais uma seqüência e quem sabe mantenha o elenco da Quarta parte. Era de se esperar levando em conta o tempo que cada parte levou para ser feita, ou seja, o primeiro em 1979 e depois 1986, 1992 e por fim 1997, dava para imaginar alguma coisa para 2004 ou 2005. Não foi o que aconteceu e surgiram filmes como 'Prometheus' (2012) e 'Alien: Covenant' (2017).
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