quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991)

terminator
Seqüência que conseguiu dar certo, ‘O Exterminador do Futuro II’ é a continuação de um dos maiores sucessos e de um clássico da ficção científica, agora com uma trama muito mais elaborada e dissipada, excelentes efeitos visuais, especiais e sonoros, um grande filme vencedor de 4 Oscars, uma história envolvente e alucinante que prende a atenção de muita gente.

É essencial que se tenha visto o primeiro filme, mas não é totalmente necessário. O inicio mostra mais uma vez o futuro destruído pela guerra nuclear e é narrado por Sarah Connor (Linda Hamilton) que se encarrega de contar novamente a história, citando que seu filho é líder da resistência humana que luta contra o domínio das máquinas. Em seguida temos o que parece ser um repeteco do roteiro do primeiro filme, mas na verdade é apenas algo similar e de toda forma inevitável, é como uma marca registrada da fita, enviar exterminadores ao passado para reaver a história.

Desta vez é enviado um Exterminador bem mais avançado chamado T-1000 (Robert Patrick) para matar John Connor (Edward Furlong), o filho de Sarah Connor ainda criança com cerca de 10 anos de idade, a resistência envia então o T-800 modelo 101 (Arnold Schwarzenegger) para proteger John, o mesmo que fora enviado no primeiro filme para matar Sarah, só que agora ele foi reprogramado, o que faz criar uma grande ironia, principalmente quando estiver junto com a própria Sarah.

Desta vez o filme ganhou muito mais mobilidade, uma das primeiras coisas que começam a chamar a atenção são quando John descobre que manda no exterminador, inclusive ele diz – “nossa! um exterminador só para mim’, nesse momento além de dizer para ele não matar mais nenhuma pessoa, ordenará que lhe ajude a resgatar sua mãe que está num hospício devido à suas histórias sobre o futuro e fim do mundo. O momento do reencontro de Sarah com o cyborg é mais um sensacional.

A trama está maravilhosa, passaremos a saber maiores detalhes sobre a destruição do mundo sendo inclusive mostrado quando Sarah tem um sonho presságio, saberemos o que a Cyberdine System está planejando e como a Sky Net desenvolveu a tecnologia e em que se baseou. Aqui é importante saber o que ocorrera no primeiro filme para entender o porquê do chip e do braço, é uma gama de informações extremamente confusas que até envolve a Russia, acaba contudo havendo até um disparidade nas informações sobretudo quando envolve coisas vindas do futuro apocalíptico, ou seja, se de alguma forma houve uma destruição essa de forma alguma deveria ter como fonte coisas do futuro já que o envio destas ocorre após tal destruição, mais uma vez ponho a prova a minha teoria que é a de que independente disso aconteceria de qualquer forma, mundano apenas a maneira como acontece interferida por novas coisas, é a mesma história que ocorreu no primeiro filme sobre a paternidade de Jonh, que continuou sem uma explicação mais convincente e citada apenas uma vez quando ele diz que é estranho pensar que ainda vai conhecer o pai.

Outro ponto favorável ao filme é também quando ressalta os valores humanos, a relação entre John e o Exterminador e incrível, é tão intensa que ele passará a vê-lo não só como um grande amigo mas também com o Pai que nunca esteve presente, passará a lhe ensinar coisas sobre os humanos e terá até que tentar explicar por que choramos às vezes, quando lhe ensina as artimanhas da vida e as gírias gera outros momentos legais. O filme tem também ótimas piadas e tiradas engraçadas além de muitas frases de efeito, algumas que até ficaram famosas como “Hasta la vista, baby” e algumas eloquentes como a que Sarah diz gritando no hospício ao diretor dizendo que no dia do julgamento que não estiver usando protetor solar fator “2 milhões” vai morrer.....nossa é demais!!!!

A trilha sonora do filme também está demais, um Rock Clássico que toca no inicio na cena que Arnold pega a moto e que já havia tocado em ‘Christine, o carro assassino’ além do mega sucesso “You Could Be Mine” dos Guns N’ Roses que faziam um sucesso tremendo na época levando inclusive Schwarzenegger a participar do clipe da música. Temos também aquelas ótimas musicas apenas tocadas que parece muito mais no final e tem um tom apocalíptico e devastador que enaltece a mentalidade de uma maneira sombria e única, uma coisa sensacional e singular, esse tipo de música já foi muito usado em outros filmes também e apareceu na recente série ‘24 Horas’ também no final de cada episódio.

Arnold é sempre muito criticado mas ele tem um certo carisma que chama muito a atenção, volta novamente com os óculos escuros que usou no primeiro filme e está muito mais humanizado ganhando muito mais falas e versatilidade no seu personagem, sem dúvida ganhou mais ainda o público passando para o lado do “bem” e desta vez não foi totalmente destruído (no primeiro ele ficou só no esqueleto de aço) continuando sendo ele mesmo no final. Linda Hamilton está mais uma vez excelente, atlética e muito mais ‘louca’, a cena que ela vai matar o cara da Sky Net é uma das melhores dela.

Robert Patrick ficou famoso por seu personagem neste filme, pois tinha características soberbas como se recompor facilmente depois de destruído e poder ser qualquer pessoa que toque, além de se transformar e objetos cortantes como facas, o ator já não tão magro e pequeno como nessa época voltaria a estrelar outros filmes mais tarde como ‘Um Drink no inferno II’ e entraria para o elenco da serie ‘Arquivo X’ onde participou das duas últimas temporadas na pele do agente Dogget. Mas quem realmente chamou mais atenção neste filme foi o garoto Edward Furlong, infelizmente um pouco mais velho do que a idade que representava mas roubando a cena sempre que aparecia, com sua rebeldia, sua atitude e sobre tudo o caráter humano e uma visão adulta e bem definida sobre o mundo, cheio de opinião própria que bravo por nunca ter conhecido o pai irá aos poucos admirar e descobrir mais sobre a própria mãe, a qual considerava louca como todos.

O fato do filme contar mais uma vez com James Cameron é mais um ponto favorável pois acredito que existe uma tendência a ele se superar, sem contar que em 1991 ele possuía muito mais recursos do que em 1984 deixando o filme assim mais comercial, as cenas de ação e todos os efeitos são incríveis e revolucionaram o cinema em sua época, não da mesma maneira que ‘Matrix’ em 1999 mas de uma forma mais natural e não tão arrebatadora, da para perceber claramente na cena da moto fugindo do caminhão que Arnold tinha um duble, muito claro que não é ele mas não é nada tão forte que estrague demais esta cena, as sequencias na empresa à noite e o final, que foi gravado se não no mesmo lugar que o final do primeiro, num muito semelhante também ficaram muito boas.

Um filme instigante, alucinante e enlouquecedor, tem de ser assistido diversas vezes, não só para entender a trama mas para estar sempre por dentro dela e saber que o filme teve um acontecimento essencial que determinou se algo vai ou não ocorrer, mesmo que tenha ficado no ar ou não a resposta está bastante clara na sinopse de sua terceira parte ‘O Exterminador do Futuro III, a Rebelião das máquinas’ de 2003, o que já é bastante para pelo menos imaginar o que vem por aí, infelizmente sem as presenças de Edward Furlong e da sensacional Linda Hamilton, que sem dúvida fará um grande falta além da direção que não estará nas mãos de James Cameron que felizmente continua no roteiro pelo menos, esperamos que seja tão bom quanto os antecessores já que é um filme que demora para ser lançado, 1984, 1991 e agora 2003, garantindo muita expectativa e tomara uma satisfação por ter esperado tanto.

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