terça-feira, 13 de novembro de 2018

Outono em Nova York (2000)

Um romance como muito já fora visto nas telas do cinema sem dúvida alguma, 'Outono em Nova York' é sim um grande clichê mas como toda história de amor tem seu lado especial e com momentos interessantes, o que poucos acabam percebendo é que esse filme não é previsível como muitos dizem, o que acontece é que ao ver o final todos pensam que imaginaram que ele fosse ser assim mesmo, mas é aí que se enganam pois ele é muito diferente dos demais.

Will Keane (Richard Gere) é um típico playboy da alta sociedade, dono de um restaurante em Manhattan ele é mulherengo e conquistador mesmo tendo já quase 50 anos de idade, certo dia em seu estabelecimento encontra uma linda jovem que está aniversariando, descobre que ela é filha de um antigo romance depois de ser apresentado a ela pela avó da moça, Will fica encantado com Charlotte Fielding (Winona Ryder) e resolve criar uma situação para sair com ela.

Os dois então passam a ter um relacionamento sincero e ele descobre que ela tem uma doença grave e pouco tempo de vida, o que Will não esperava porém é que acabaria se apaixonado pela moça principalmente porque continuava cometendo seus deslizes, a partir disso ele passará a dedicar toda a sua vida para salvá-la e ainda irá reencontrar sua filha que já é quase mãe e que nunca a viu desde que ela nasceu.

Não tem como não ressaltar que entre as boas coisas do filme estão as belíssimas imagens da maravilhosa cidade de Nova York, cenários deslumbrantes aliados a uma excelente fotografia, as várias cenas em que podemos ver as folhas das árvores cobrindo todo o chão como as do Central Park não faltam, o fato do Natal estar se aproximando também é muito bom realmente todos devem ficar encantados com tanta beleza, o ritmo do filme é extremamente lento mas com muito acontecimentos interessantes como uma separação entre os dois, os momentos em que ela passa mal sendo que o último é talvez a melhor cena e o melhor momento de todo o filme ao lado do final, gravado ambos em silêncio total e os personagens de apoio também ajudam muito para dar amplitude na história, seja o amigo de Will (Anthony LaPaglia) ou a avó de Charlotte e até mesmo a filha dele (Vera Farmiga).

A história do filme é muito triste e se assemelha muito com a segunda metade de 'Doce Novembro', só que neste último houve um melhor aproveitamento dos atores aliados a características mais enérgicas de seus personagens o que tornou o filme mais contagiante e com cenas mais aceleradas e tensas, em 'Outono em Nova York' a coisa é bem mais devagar e em clima melancólico, em seu primeiro final de semana no Brasil teve um público de 150 mil pessoas ficando em primeiro lugar, mas depois acabou não fazendo mais sucesso.

Richard Gere está em seu papel típico, o tipo de cara que o consagrou em filmes como 'Uma Linda Mulher' e talvez este seja seu eterno personagem apesar de já ter feito outros tipos como em 'O Chacal', 'Justiça Vermelha' e o oposto desse tipo em 'Infidelidade', sempre em atuação aceitável; já Winona Ryder está mais uma vez perfeita, explorando ao máximo toda a fragilidade de seu personagem e mesmo sabendo que tem pouco tempo de vida não aceita ser traída ou viver de uma maneira não normal, cansada de tanto sofrimento chegou até a assinar um termo que impede que ela seja operada quando estiver quase morrendo, está totalmente encantadora e apaixonante e com um sorriso mais do que sedutor, ela já havia usado o nome de Charlotte no filme 'Minha Mão é uma Sereia' quando na minha opinião teve a sua melhor atuação entre todas, depois disso ela passou por momentos de dificuldade e depois de viver problemas pessoais ela voltou a fazer sucesso na série 'Stranger Things' da Netflix.

Um filme triste e lento, um bonito romance com um final muito deferente, bom para ser visto sem ter qualquer informação mas tente não adivinhar o que vai acontecer para não perder todo o efeito das cenas e perceber o quão ousada foi a diretora chinesa Joan Chen, assista com o coração e de preferência ao lado da pessoa que você gosta.

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