sábado, 3 de novembro de 2018

Missão Impossível (1996)

filme
Eletrizante, intrigante e instigante, 'Missão: Impossível' é o típico filme de espionagem com excelentes recursos que o fazem ser tão bom quanto o seriado que lhe deu origem e também ser comparado com '007' que foi sem dúvida um dos maiores filmes desse gênero, além de uma ótima história apoiada num roteiro muito bem elaborado o filme possui muitos outros atrativos como um excelente elenco e um tema muito agradável de se ouvir e que dificilmente será esquecido pela maioria dos que escutam. O primeiro ponto interessante a ser registrado acontece logo no inicio do filme onde toca a música tema e o nome dos atores assim como o nome do filme nos é apresentado em meio a muitas cenas envolvendo os personagens exatamente como na abertura de um seriado de TV, pode-se considerar uma homenagem mais do que merecida.

O filme mostra então Ethan Hunt (Tom Cruise), um agente secreto que recebe uma missão, recuperar um disco com uma lista de nomes e codinomes de agentes duplos muito importante, em meio a muitas cenas que de cara já são interessantes e muito bem tramadas o plano acaba dando errada e ele vê toda sua equipe ser morta. Ameaçado de morte Ethan então descobre que tudo não passou de um golpe para descobrir um traidor dentro da organização e agora ele irá agir por conta própria para conseguir o disco e vendê-lo para Max (Vanessa Redgrave) contando com a ajuda de uma amiga que também sobreviveu na primeira missão, o especialista em computadores Luther (Ving Rhames) e Franz (Jean Reno).

Com a entrada de novos personagens e um rumo cheio de intrigas e reviravoltas na trama, a filme ganha muito mais emoção e adrenalina num ritmo alucinante de suspense e tensões incríveis, em um dos melhores momentos da fita é quando Ethan invade a sala do supercomputador pelo duto de ar condicionado e pendurado por uma única corda sendo segurado por Franz terá que copiar o disco evitando que 3 alarmes sejam disparados, o do chão que é sensível a qualquer peso, o do som e mais um que mede a temperatura na sala sempre constante em 72ºF, o diretor Brian De Palma que foi imprescindível durante quase todo o filme não deixou se dedicar ao máximo a essa cena e a deixou praticamente perfeita e de fazer qualquer um se segurar na cadeira.

Apesar de muito confuso em alguns momentos o roteiro está muito bom e bem amarrado só sendo necessário prestar muita atenção nas falas e nas atitudes de cada personagem, o fato de se usar máscaras como disfarces irá render cenas inesperadas e surpreendentes e quando percebemos que alguém está usando uma máscara não se anime, neste momento o filme realmente não quis enganar você; este recurso de uso das máscaras foi muito mais usado no segundo filme que acabou ficando muito ruim e de fato absolutamente inferior a este, que por sua vez decepciona apenas no final quando utiliza de muitos efeitos especiais feitos pela Industrial Light e Magic de George Lucas e que acabam dando ao filme uma jeitão que jamais havíamos visto durante todo o tempo até ali, estes recursos de computador para as cenas de ação foram mais usados ainda por John Woo no segundo filme provando ainda mais o quanto são desprezíveis e deixando aquela cena da sala do supercomputador ainda melhor e mais marcante.

Tom Cruise sempre foi muito carismático na minha opinião e com uma ótima aparência ele consegue carregar o filme do inicio ao fim sem o menor problema, na continuação ele acabou mudando completamente o estilo e bom senso de seu Ethan Hunt e na minha opinião perdeu a chance de tornar este o seu personagem mais marcante como fez Bruce Willis em 'Duro de Matar' e Keanu Reeves em 'Matrix' por exemplo, as presenças de atores veteranos como John Voight e Vanessa Redgrave deram ao filme um tom de serenidade e equilíbrio necessários e o uso de atores bem conhecidos para os personagens de apoio como o ótimo Jean Reno, a sempre elegante e linda Kristin Scott Thomas e o sarcástico e agradável Vingh Rhames ajudaram muito para que o filme pudesse ser acompanhado amplamente e sem confusão de personagens em meio as variações da trama, todos se saíram muito bem inclusive Emílio Estevez que faz uma pequena participação no inicio; um grande elenco que foi muito bem dirigido, coisa que infelizmente não veio a acontecer no segundo filme onde temos apenas Cruise e Rhames como sobreviventes e fracas presenças de Thandie Newton por exemplo e uma horrível aparição de Anthony Hopkins.

Um filme imperdível, muito contagiante e que não desagrada mesmo com seu final um tanto quanto exagerado que de bom só a música tema de Adam Clayton que volta a ser tocada, aliás a música é talvez o que há de melhor na fraca sequência que fora lançada 4 anos mais tarde pois ganhou uma versão mais elaborada, depois disso veio a terceira parte, em 2006, que contou com Tom Cruise e Vingh Rhames com uma história mais bem planejada do que a da Segunda parte e ficou tão bom quanto este primeiro filme que é uma verdadeira obra de arte do gênero. O filme não parou e continuou sempre lançando continuações.

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