quarta-feira, 28 de novembro de 2012

De Volta para o Futuro II (1989)

Segunda parte de uma das maiores continuações do mundo do cinema e do entretenimento. "Devolta para o futuro II" vem não só para dar continuidade a todo o mistério e expectativa criados no final da primeira fita, mas também para provar que histórias boas rendem boas continuações. O que é bom, o que é excelente, o que é surpreendente tem sempre de continuar e mesmo sendo tão bom quanto o primeiro essa parte 2 de 3 atinge um patamar mais incrível que se possa imaginar, como tantos paradoxos e situações sobre o tempo e o que pode acontecer com a história que é de deixar qualquer um pasmo.

Não é nada fácil acompanhar a trama, o início é igual ao final do 1. O Doutor chama Martin para ir com ele ao futuro pois seu filho corre perigo, Jenifer acaba ouvindo tudo e viaja junto; O inédito aqui é que Biffy vê o carro viajar no tempo. No futuro surpreendente de 2015, Martin e o Doutor irão resolver o problema, mas Martin vai comprar um livro sobre estatísticas esportivas de 1950 a 2000 e alertado pelo Doutor jogará fora, Biffy velho ouvirá toda a conversa sobre viagem no tempo e roubará o livro, viajará no tempo e dará o livro ao seu semelhante novo, que ficará rico e mudará toda a história. Tudo só é percebido por Martin e o Doutor quando estes retornam a 1985 e vêem tudo modificado, um presente caótico onde Biffy é corrupto e domina a cidade, eles terão uma nova tarefa, voltar no tempo, onde Biffy velho deu o livro ao Biffy novo e pegar o livro, e queimá-lo para para que Biffy não fique milionário.

Tudo é fascinante nesse filme, além da história temos os diversos acontecimentos com suas dicas pré estabelecidas. Temos a sensacional caracterização do futuro em 2015, qualquer um que viveu na década de 80 sabe que nessa época, até 1995 pelo menos, o ano 2000 era um futuro muito longínquo, para 1989 (data de criação do filme) sem dúvida também, então a imaginação era inevitável. Ainda faltam alguns anos para essa data chegar mas mesmo assim acredito ser impossível carros voando e atendentes eletrônicos em lanchonetes, mas era essencial que a data não fosse mais longe que isto pois tinha que haver uma ligação de personagens, ou seja, Biffy teria de estar vivo ainda e o filho de Martin já crescido. Mas voltando as coisas maravilhosas criadas no futuro estão (em cena semelhante a feita no 1) um skate voador, o prefeito é parente do mesmo de 1955, a fachada da igreja modificada com um lago na frente, mas o relógio ainda quebrado (sensacional) Sem falar na não existência de advogados (para deixar qualquer um dessa área louco), um equipamento fotográfico da “USA today” cobrindo fatos na hora, as roupas de Martin que secam na hora, enfim muitas e muitas outras coisas incríveis e o mais legal de tudo, “Tubarão 19” dirigido por Max Spilberg, dispensa comentários.

Voltando a falar sobre as dicas que sempre são dadas para as sequências, aqui elas estão ainda melhores. Muitas delas são para a continuação , ou seja para o ‘Devolta para o futuro 3’, por exemplo quando Martin vê em 1985 a história de Biffy mostrando seu antepassado na época do Far West, ou quando no futuro a mãe de Martin comenta sobre um acidente que ele teve 30 anos antes por que não pode ser chamado de franguinho. E prestem bem atenção quando Jenifer pegar o papel escrito “Você está demitido”, na continuação será muito importante.

Christopher Lloyd e Michel J. Fox continuam na plenitude. Fox ainda tem tarefa mais difícil e consegue a perfeição, interpretar ele mesmo mais velho e ainda seu próprio filho, serviço que também foi incumbido a outros atores fazendo eles mais velhos e tudo mais. Elisabeth Shue aparece tão bem que é até difícil notar que não é a mesma atriz da primeira parte. Lea Thompson continua perfeita e Thomas Winson também.

O fato de Martin e o Doutor terem de voltar a 1955 novamente renderá também cenas espetaculares, porque se deparam com o Martin que voltou naquele ano na primeira parte e não poderão interferir naquela história. É tudo muito louco mesmo, muitas das cenas foram regravadas e é fácil notar a semelhança, algumas aproveitadas até certo ponto como quando o doutor novo manda Martin para 1985 com o raio da Igreja mas dali virá umas das cenas mais engraçadas. Outra parte legal é quando o Doutor de 1985 encontra ele mais novo, muito bem feita a montagem.

Com a mudança da atriz que faz Jenifer é claro que seria inevitável regravar o inicio desta parte, ou final da parte anterior, mas as pequenas mudanças foram muitos boas principalmente para corrigir o erro da primeira vez. Desta vem Martin não diz que essa rua não da para atingir 88mph (e dá) ele diz agora “Vai Ter que recuar Doutor, não temos espaço para 88mph” ficou perfeito!!! E apesar do que muita gente diz não existe mais erros ao longo do filme. Se você não entende porque Martin e o Doutor não lembram que 1985 é caótico quando eles voltam do futuro, basta prestar bem atenção quando o Doutor puxa uma lousa e da todas as explicações. Aquele ano é alternativo para Ele, Martin e Einstein (o cachorro) altamente compreensivo já que no 1 quando ele volta também não sabe que os pais não são mais idiotas nem os irmãos. Talvez o único ‘erro’ que da para pegar é quando no futuro Jenifer encontra ela nova, as duas desmaiam, mas há de se considerar que Jenifer lembraria de Ter viajado no tempo dado fatos que acontecerão na parte 3. Podemos apenas imaginar que ela ainda não havia assimilado a ideia, não lembraria por ter sido a muitos anos ou não sabia que seria bem naquele dia, naquela noite normal onde só iria comer uma pizza e ir dormir.

O final vai ser dos melhores possíveis. Se no 1 já houve uma intensa expectativa para a continuação, aqui ela será muito mais do que intensa, será como se o filme não tivesse acabado e o 3 fosse totalmente interligado na história, o que deixa a trilogia mais unida do que qualquer outra coisa. As gravações foram inclusive feitas em seguida, ou seja, o filme 2 e 3 foram gravados praticamente juntos.

Realmente um filme que não pode deixar de ser visto, mas na sua devida ordem, senão será muito difícil entender, pois mesmo vendo todos várias e várias vezes sempre há algo de novo para se ver e entender.

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